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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Dia do poeta

 


Jussara Carvalho 

Poeta daqui e dali, 

Vivendo o real e imaginário

A agonia e a plenitude

A escassez e a abundância

A preguiça e as inspirações

As dúvidas e a lógica

As ideias e os fatos

Lembranças e aprendizados

Sensações e sentimentos

O pingo que transborda

Os extremos de uma reta

Desespero silencioso e iluminação alcançada

O arcaico e o atual

O começo e a eternidade

...

Isso, aquilo

Foi. É. Será.


© Jussara Carvalho

Escritora de Paraisópolis/Contadora de histórias/Oficineira de literatura/Palestrante

Vice presidente da AIAP Kids (Academia Intercontinental de Artistas e Poetas)

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

O que dizer dos meus professores

 15 de Outubro dia do professor, quem se lembra da primeira professora?
 A relação que tive com eles não cabe num poema. Tive professores bons e ruins, assim como na vida tive momentos horríveis e maravilhosos que me trouxeram até aqui onde estou agora. Aprender a ler e escrever foi uma das melhores coisa que me aconteceu. Eu não teria sobrevivido se fosse analfabeta. Mesmo com todos os dissabores que passei nas salas de aula e no caminho da escola, sou grata!
Diziam que éramos a turma mais atentada e que iríamos "colocar fogo no colégio". Quando eu estava na sexta série, minha turma foi proibida de prestar homenagem aos professores por causa de mau comportamento e no ensino médio a vice diretora dizia que parecíamos alunos de televisão.
Minha primeira professora me odiava, não por algo que fiz ou deixei de fazer, mas por desafetos pessoais com minha família. Crianças brigam e trocam insultos, a professora escrevia bilhetes e mandava para os pais pelas mãos dos próprios alunos. Desde o berço, fui treinada a ser bem comportada e boazinha, por isso só recebi um bilhete da professora. Claro que eu não entreguei 😂😂😂😂😂 pois meu metaprograma é me afastar da dor e sofrimento. Nunca me conformei com injustiça nem aceitei pagar pelos erros dos outros. 
 Ao saber que eu tinha dado uma surra na vizinha durante o recreio, minha mãe não me castigou porque ela foi o tipo de mãe que maltratava, mas não permitia que os outros nos maltratassem. Virava uma jiraia pra defender os filhos dela e levava a roupa suja pra lavar em casa. 
Também me ensinou a fazer o que tem que ser feito e me defender. Além disso, minha mãe estava cansada da professora jogar a culpa nos meus irmãos de tudo o que acontecia na escola. 
Quanto à minha segunda professora, minha mãe tinha verdadeira adoração. Se portava como uma idiota chamado-a de tia Venância. Sentia muito alívio por eu ter me livrado da professora Pecila e das sessões de espancamentos depois das aulas (eu sozinha contra seis) e muita gratidão com a Venância que apesar de não ter nenhuma formação na época, foi boa professora. Ter me mudado de escola foi uma das coisas mais importantes que minha mãe fez por mim. 
 Eu corria pra estudar na casa abandonada, ia a pé ou de bicicleta, atravessava o rio feliz, muito melhor estudar na casa velha do que no grupo escolar que tanto tinha sido cenário de medo (tomar vacina, caí na fossa, ser arrastada novamente nas pedras e espinhos pelos ratos de Renato, ops! filhos da Cida e Renato, ser atacada pelas almas penadas que foram sepultadas na igrejinha defronte a escola, etc).
 Eu comia cajá que dava no quintal da velha nova escola e brincava na oficina desativada da fazenda. Gostava do maquinário e das aventuras. Mas nem tudo era céu e flores, por razão que ainda não conheço, o filho da Tia Venância me odiava. O menino sempre fazia coisas pra baixar minha estima. Eu nunca contei o que ele me dizia, por causa do carinho que minha mãe tinha com a professora. Na época não percebi que ele fazia aquelas coisas com o propósito de me magoar, meu irmão João tentou me alertar fazendo deboche:
_ Tá veno? Você comprou uma bola para o aniversário de Joaniele e ele nem te deixa jogar. Bem feito, quem manda ficar puxando o saco do filho da professora!
 Eu fiquei magoada, puxa vida! Ele brincava com todo mundo menos comigo que dei o presente pra ele. Fiquei com tanta raiva que desejei com toda força do meu ser que acabasse a alegria dele e comemorei quando a bola furou nos espinhos. (Nesse período, Venância só estava cobrindo a licença maternidade da Pecila).
 No primário, eu ia a escola sempre com roupas diferentes, tinha tanta roupa em casa que eu sempre variava de visual. Mas por causa da crítica injusta do filho da tia Venância, eu tinha horror a batom vermelho e parei de usar vestido. 
A primeira vez que usei batom foi na escola (minha mãe era crente e era pecado usar batom, mas eu queria ser uma pessoa normal e por isso usei pra minha tristeza).
 _ O quê é? O que é? Uma vaca preta com a boca com de rosa? É a Sara usando batom kkkkkkk
 Apesar de eu ter uma barriga tanquinho por andar muito a pé e correr pela capoeira, ele zombou de mim quando me viu usando vestido:
 _ Ei Sara tá de quantos meses?
Ouvi esse deboche me doeu muito e por isso parei de usar vestido. Demorou muitos anos pra eu começar amar cada sentimento do meu corpo e não aceitar as palavras dos outros como verdade. 
Estudar na cidade
 Eu era tão reprimida que tinha medo de ser agredida só pelo fato de está no mesmo local das outras pessoas. Minha insegurança era tão grande que a voz ficava presa na garganta até mesmo para cumprimentar as pessoas. Por causa disso, minha professora de português do ensino fundamental deduziu que eu era metida por passar pela barraca dela na feira e não dizer bom dia! Sempre dava indireta na sala de aula:
 _ É uma falta de educação a gente passar por outra pessoa na rua e não dizer bom dia, boa tarde ou boa noite.
Mas eu não imaginava que as palavras se referiam a mim. E tampouco desconfiava que ela me odiava e por isso me humilhava na sala de aula. Fazia questão de me chamar de burra e ler em voz alta os erros que cometi nas provas e dizer que eu iria repetir de ano porque era a pior aluna da escola. Chegou até a anular uma poesia que fiz para o projeto Criando e recriando a arte, porque segundo ela estava fora da matéria. Como assim poesia não faz parte da língua portuguesa?
Bem, naquela época não adiantava nada contestar os professores e meu trabalho se manteve anulado.
Também tive outro trabalho anulado porque meu grupo fez uma paródia de uma música do Cazuza, mas não deu tempo de decorar a versão escolar. E novamente ela chamou minha atenção na aula ressaltando que eu estava com má vontade e só cantei quando ela estava olhando enquanto os outros apenas só abria a boca pra fingir que estava cantando. (Como é que eu ia cantar se não sabia a letra? Nem a música original eu conhecia).
 Mesmo com tudo isso, eu fui uma aluna que nunca repetiu de ano e NUNCA fiquei de recuperação.
 Até minha colega de classe ficou intrigada com a desaprovação da professora?
 _ Eu não entendo porque em cada avaliação a professora Cida diz pra todo mundo que você é a aluna que tirou a nota mais baixa e que vai repetir de ano, mas você sempre passa direto enquanto os outros é que ficam com dependência na matéria dela. Qual é o mistério?
 Você acha isso irônico? Eu era uma das melhores alunas de matemática e considerada a pior em português e no ano seguinte me tornei escritora.
 Dizem que gostar da professora faz a gente aprender com facilidade a matéria. Verdade que é que eu não fui fã de orações subordinadas, insubordinadas, verbo intransitivo, transitivo direto, direto e indireto ao mesmo tempo, conjugações verbais no pretérito perfeito, mais que perfeito e sei lá mais o que das regras gramaticais.
 Apesar da professora Cida tentar inutilmente me reprovar de ano e até me constranger diante da turma, eu estudei e aprendi o suficiente para passar de ano.
 Antes de eu começar escrever romances, fiz um conto valendo nota, inspirado numa imagem de uma praia com coqueiros e gostei muito da emoção de fazer isso. Depois eu ficava no quintal olhando a lua e suspirando enquanto lembrava do conto que escrevi onde um paraquedista bem apessoado aterrorizava e me abraçava.
 Minha mãe gritava pra eu ir dormir:
_ O quê é que você está fazendo aí fora parecendo uma leviana esperando macho!
 Ali eu respondia mentalmente:
 _ Quem me dera.
 Pra fugir das críticas injustas da professora Cida, e da chata de minha colega que era apaixonada por um garoto que eu gostava, eu decidi cursar a oitava série matutina. Graças a isso, eu conheci uma maravilhosa professora de português que fez eu aprender com mais facilidade a língua portuguesa e amar a literatura. Até hoje eu amo e guardo na estante o livro didático que comprei no segundo ano do ensino médio.
 


  Falando em meus professores não podia esquecer dessas duas figuras que ia pra escola na viatura...
 Um vendedor de enciclopédia foi de escola em escola oferecer aos alunos um livro globalizado que continha TODAS as matérias desde o ensino fundamental até o último ano do ensino médio. Um livro onde faria qualquer estudante aprender inglês em duas semanas. Muitos caíram na lábia do caixeiro viajante. Mas o vendedor ambulante levou o maior susto da sua vida quando adentrou a sala de aula com tais argumentos e saiu correndo com duas quentes e uma fervendo.
Ao contrário das outras turmas em que os professores ficaram fascinados e encorajaram os alunos preencherem uma ficha com o endereço para o vendedor ir falar com os pais deles, encontrou foi uma ameaça de prisão por fazer propaganda enganosa.
O infeliz só voltou à cidade porque havia vendido muitos livros e não podia ficar no prejuízo financeiro. Seu chefe o obrigou ir até o colégio cobrar o valor parcial das vendas realizadas aos alunos maiores de idade. Primeiro ficou espionando do lado de fora, como não viu a viatura entrou de mansinho e foi sondar se o delegado estava na escola.
_ Delegado Renan não veio hoje, pode ficar tranquilo e ir receber seu dinheiro em paz.
Para aqueles que tremem só de ouvi o nome polícia, imagine ir estudar e ver a viatura defronte a escola, entrar na sala de aula e dá de cara com um policial uniformizado ou o delegado. Nessas circunstâncias os alunos aprendem ou aprendem porque ficar de recuperação não é opção.
Se a gente tinha medo de professor comum, imagine o medo de um professor que era delegado ativo. A única coisa engraçada era quando alguém ia a delegacia e perguntava:
_ Onde está o delegado desta cidade?
_ Está no colégio dando aulas.
Bom é que enquanto o professor Renan era vivo, ao menos tinha um delegado na cidade quase todos os dias, porque depois o seu sucessor só ia a cidade a cada 15 dias.
Com treinamento militar, eu e os demais estudantes do ensino médio éramos testados o tempo todo. As perguntas avançavam como flechas envenenadas e o único antídoto era o conhecimento. O professor usava o método que interrogava os suspeitos na delegacia e ai de quem gaguejava ou respondia sem convicção.
_ Você está afirmando ou me perguntando?
_ Estou afirmando senhor.
_ Não tem certeza do que está dizendo?
_Tenho? É... Delta S sobre Delta V é igual Delta T...
_ Fale direito. Se sabe o que está falando por que esse tom de dúvida?
Eu logo percebi que os menos inteligentes ou tímidos eram os mais cobrados e como era inevitável encarar duplamente a autoridade várias vezes por semana (o delegado lecionava as disciplinas Química e Física), eu fui forçada lidar com meu medo olhando dentro dos olhos de Renan e responder em alto e bom tom as respostas exatas.
_ Muito bem. Parabéns. É assim que responde o que foi perguntado. Sigam o exemplo dela.
E foi assim que aquela aluna que não tinha nenhum amigo e que a turma só se lembrava dela pra fazer atividade em dupla ou "equipe" pra ganhar notas boas, passou a ser solicitada para frequentar suas casas pra fazer dever de casa juntos. Chegando a casa de Dileia, notei que eu estava sendo usada pra dá aulas grátis, mas senti feliz que os alunos aprendiam mais comigo que com o professor porque eu explicava nos mínimos detalhes e também porque eles se sentiam mais à vontade comigo. Ao ser útil novamente, fiquei empolgada e sentindo orgulho de mim. Com isso, eu conquistei o direito de participar das conversas paralelas e ficava até 15 minutos na praça Estrelinha antes de voltar pra casa. Minha mãe parou de reclamar e certa noite se recusou abrir a porta pra mim porque eu demorava cada vez mais pra retornar da escola, mas esta é outra história...
Já o outro representante da lei, não era nenhum pouco sério. Era truculento, mas muito bocudo, falava mais de sua vida pessoal em sala de aula do que dava aula, não tinha pudor de relatar como havia tido uma juventude devassa e adquirido doenças venéreas das quais havia se curado. O mais inusitado é que ele era o único na cidade com formação de duas faculdades, com conhecimento elevado, porém não sabia passar seu conhecimento acadêmico para os alunos. Exercia as profissões de professor e policial ao mesmo tempo. Assim como o delegado, quando havia emergência na segurança pública, ele abandonava os alunos e saia correndo pra prender os bandidos. Muitas vezes chegava de uma diligência e deixava a viatura estacionada defronte o colégio.
Por isso, afirmo com certeza: nem sempre quem se apavora tem culpa no cartório. Quem não deve também treme, fica pálido, sente dor de barriga e até desiste da escola.
Apesar de muito falante, Paulo era gago e odiava escrever na lousa. De modo que tínhamos dificuldade de entender o que ele falava sobre história e geografia porque além do governo não disponibilizar material didático para o ensino médio, o professor fazia um breve resumo que teimava em ditar. Quando alguém dizia que não entendia, logo levava uma bronca, que fosse procurar a palavra no dicionário. Isso não adiantava, muitas vezes o que ouvíamos não existia no dicionário. Só depois que saí do colégio fui entender que a guerra do polvo na verdade era sobre a guerra do Golfo. Ressaltando que não tínhamos acesso a internet, a única biblioteca não tinha nem os livros clássicos obrigatório dos vestibulares e até hoje não existe livraria na cidade. De modo que eu não entendia nada, anotava tudo errado e ainda sentia sono durante tais aulas. Para não dormir, sentava na primeira fila e usava os dedos para arregalar bem os olhos. Era o maior sufoco, ele era bem exigente, não aceitava interpretação de texto, era o tipo de professor que se a resposta não fosse dada palavra por palavra, ele recusava como como errada. Ninguém queria perder o ano letivo, pediram para que ele fosse menos intransigente, mas ele respondia que não ia dá colher de chá pra ninguém e que quem não quisesse ser reprovado que pagasse cursinho particular.
Oi? Como é? Cursinho particular para acompanhar as aulas de ensino médio de escola pública numa cidade onde a maioria dos alunos moravam na zona rural e só voltaram estudar porque havia transporte escolar gratuito? Isso estava fora de questão. A educação pública na Bahia era a melhor do país? Devido o desejo de aprender e o esforço dos alunos porque aprender com um um professor gago e impaciente, sem livros e sem opção de pesquisa, era dose.
Eu tinha certeza que se ficasse de recuperação iria perder o ano letivo e perder um ano escolar seria perder parte da vida. Os estudos pra mim eram sagrados. Conforme menciono em outro capítulo, quando morava na Fazenda Pedrinhas, o transporte escolar passou antes da hora, e eu fui a escola a pé. Primeira vez que andei sozinha estrada a fora. Corri 9Km para não atrasar pra primeira aula. Eu não ia desisti da escola porque estava difícil ou porque tinha vergonha ou medo dos professores. Aprendi desde pequena a fazer o que tem que ser feito e ponto, e que a dor cedo ou tarde passa.
Além de professor e policial, Paulo foi o primeiro ateu que eu conheci. Acho até que foi o primeiro ateu convicto e assumido que Jacaraci já teve. O problema foi que, a escola tinha o hábito de liberar os alunos para acompanhar as novenas na igrejinha do Cristo Redentor no bairro antes conhecido como Bom Jesus do Monte. Porém quando se preparam para sair, o professor de História e Geografia, não deu permissão pra ninguém trocar a escola pela igreja e não houve súplica capaz de fazê-lo mudar de idéia. nem com a autorização da diretoria estávamos dispensados das aulas daquela noite.
_ Não vão sair durante a minha aula e ponto final. Ninguém manda na minha aula porque este não é um colégio religioso.
As catequistas ficaram magoadas por serem impedidas de participar de tão sagrada missa. Os demais alunos também ficaram descontentes porque enquanto nós ficamos isolados no colégio, as demais turmas aproveitaram a ocasião para namorar. O diretor achou foi bom essa atitude do ateu porque como líder religioso de outra denominação religiosa, para ele a igreja católica era satânica.
Novas insatisfações surgiram porque os colégios municipal e estadual iam competir na gincana religiosa e novamente o professor manifestou suas idéias contrariando o corpo docente e discente do Centro Educacional Municipal Julieta Cardoso David.
_ Acho ridículo e total perca de tempo um debate ao qual todos são a favor da bíblia. Teria mais lógica se um grupo fosse a favor e o outro contra.
Era bem verdade que a escola não era religiosa, contudo a cidade é tradicionalmente católica ao ponto de ter o SURSUM CORDA na bandeira...


CONTINUA NO WATTPAD no livro: Voos e Tempestades de @JussaraCarvalho


domingo, 19 de agosto de 2018

Romance escrito em Jacaraci Bahia

Você já imaginou Jacaraci sendo cenário de livro de romance? Já pensou o que uma escritora nascida e criada em Jacaraci escreveria em seu livro de ficção? Que visão uma adolescente escritora nascida na zona rural de Jacaraci Bahia tem sobre política, educação e sobre a sociedade?
Venho trazer boas novas:
O tão esperado lançamento do meu romance enfim aconteceu e está com uma promoção imperdível na Amazon GRATUITO até quarta feira, então corra para ler o ebook O amor iluminou minha vida, um livro com contexto histórico Jacaraci, tem músicas e poesias exclusivas, fala do amor, a importância da Amizade copreênção, perdão e drama, pois a família Mattos vem sofrendo com abusos criminosos há gerações ... Corra e aproveite a promoção no site abaixo:

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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Falando sobre maldições e demônios

🔭Assista esta  entrevista onde falo de histórias verdadeiras que originaram os livros "Vôos e tempestades"; " A maldição renasce" ambos publicados para leitura online no Wattpad. As histórias da minha família não estão escritas em livros, aí resolvi escrevê-las.
https://youtu.be/1Pi86Z4u4sU

sábado, 10 de junho de 2017

Curiosidade sobre Jussara

Você sabia que Jussara é um nome indígena?
 Jussara na linguagem indígena significa escamas, ou seja a palmeira jussara é cheia de escamas, assim os índios chamam a palmeira de jussara. 

Cacho de jussara
Jussara: o açaí da Mata Atlântica
Palmeira jussara
 A Palmeira Jussara é uma das plantas usadas para a produção de açaí, é tradicional da Amazônia, do litoral do Rio Grande do 
Sul ao sul da Bahia. Uma planta que estava quase em extinção, mas, nos últimos anos, tem despertado interesse no mercado nacional e até mesmo internacional. Usado na produção de vários produtos, desde barras de careais até pastas de dentes, ele é vendido a R$10/kg em média e garante boa produtividade para o agricultor.

Como os índios nomeava seus filhos dando a eles o nome dos elementos da natureza como fauna e flora, o nome Jussara tornou-se popular para nomes próprios de pessoas e cidades.
Bandeira da cidade de Jussara

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Jussara é um município brasileiro do estado de Goiás. Sua população estimada em 2010 foi de 19.153 habitantes, segundo o IBGE.  O local ganhou o nome de Jussara, em homenagem à Jussara Márquez, primeira goiana eleita Miss Brasil. No dia 12 de novembro de 1953, o povoado foi elevado à condição de distrito atraindo migrantes de boa parte do país, foi criado  a farmácia ao qual fez parte da história da região, tornando-se palco dos principais acontecimentos de Jussara, inclusive da emancipação política.

Também tem uma cidade na Bahia com o nome Jussara.

 As mulheres com o nome Jussara são muito expressivas, encontram suas oportunidades ao escrever, falar ou representar. São imaginativas e criativas, como um verdadeira artista. Assim mostra como é interiormente, revelam como pensam, sentem e agem. Excelentes oradoras, escritoras, compositoras, cantoras, atrizes ou decoradoras. Apreciam músicas, estéticas, artes. São mulheres de mentes abertas. Gostam de passar seu tempo lendo e adoram estudar. 
É daquelas mulheres que possuem uma paixão invejável pela vida. 
Podem se tornarem pessoas supersensíveis, tímidas, convencidas, autodeterminadas, impacientes, atormentadas ou extravagantes, se não tomar conta dos seus pontos negativos.
 Intelectualistas, gostam de estar bem informadas sobre as últimas novidades. Jussara possui imensa capacidade de se adaptar a todo tipo de situação e lugar, é comum que atraia companhia de pessoas influentes. 
Está é a pesquisa que fiz sobre meu nome. Não sei as outras mulheres que receberam esse nome ao nascer. É exatamente assim minha personalidade.

domingo, 4 de junho de 2017

Criança vítima de violência

Como hoje é o dia internacional das crianças vítimas de agreções, vou contar sobre as violências físicas e psicológicas e tentativas fracassadas de violencia sexual que sofri em minha infância.
 Lembro-me que a única surra que meu pai deu em mim fôra uma estupidez. Eu, João e Daniel estávamos brincando como toda criança fazíamos barulho. O senhor Joaquim estava irritado porque minha mãe estava morando na cidade devido a sua gravidez de risco e ele não quis ir para Jacaraci com ela. Meu pai era muito ciumento e tinha medo de ficar sozinho com a gente na zona rural. Pediu para meus irmãos e eu fazermos silêncio, o ignoramos porque quem mandava na casa sempre tinha sido a dona Ledite, ela sim batia muito na gente. Minha mãe me batia e eu nem sabia o que tinha feito de errado. Ela sempre apacecia do nada com uma vara e batia até se cansar. Ela o terror, pois eu nunca sabia quando ela ia me bater.

Voltando a história da única surra que recebi do meu pai... Continuamos a algazarra, já que meu pai era o Zero a esquerda e vivia fazendo ameaças terríveis, porém até aquele dia nunca tinha batido em mim nem no meu irmão caçula. Só que este dia, todos nós apanhamos porque o Quinca estava com ódio de dona Ledite e descontou na gente. Ele bateu e acostumados com as surras da mãe que era muito discreta, ela batia com a vara e não podíamos gritar, nem reclamar, nem chorar senão ela batia ainda mais. Então a surra coletiva não parecia surti efeito, o velho pensava: Se ninguém está chorando é porque não está doendo. Então ele batieu mais. Foi aí que eu me perguntei: Ué! Não vai parar de bater não? Então abri a boca e gritei. O castigo foi interrompido imediatamente.

 Além das surras que sofri pelos meus pais como medida educativa, a pior agreção ao qual sofri na casa dos meus pais foram a tortura psicológica. Minha mãe era muito dura com as palavras e isso broquiou meus esforços de auto aceitação causando grande sofrimento mental que até hoje sofro. Ela dizia que eu era inútil e acreditei nisso. Também dizia que meu pai era um monstro e se eu não obedecesse tudo o que ela dizia, iria virar um monstro como meu pai. Ela dizia que meu pai estava condenado ao inferno onde eu também iria se desobedecesse seus concelhos. Eu tinha muito medo do inferno, do diabo, do escuro e do meu pai. Por causa do medo que minha mãe me fez sentir do meu pai, eu me afastei dele é de suas fantásticas histórias que ele narrava e eu adorava. Não me lembro de minha mãe me abraçar ou pegar me no colo. Minha mãe não fazia nenhuma demonstração de carinho. O meu pai foi carinhoso. Ele era do tipo que sentia muita culpa. Lembro-me dele contando histórias de Trancoso enquanto João, Daniel e eu assentavámos aos seus pés para ouví-lo. Todos riam as gargalhadas e eu era a que mais ficava fascinada com suas contações de histórias. Talvez seja por isso que tenho vontade de viver aventuras radicais e sou apaixonada por histórias e me tornei contadora de histórias e escritora de livros.
 Minha mãe, não gostava da atenção que meu pai dava principalmente pra mim, então dizia muitas palavras negativas como quem rir é infeliz; O diabo não gosta de gente feliz e quando ver uma pessoa feliz, logo faz algo para prejudicar; Dizia que estávamos felizes com as histórias do velho e depois estaríamos todos chorando; Continuava dizendo que as histórias de Quinca nos dava pesadelos. Eu tinha pensado sim, mas por outras coisas, nunca pelas contribuições de histórias do meu pai. Porém logo senti tanto medo do meu pai e de ir pro inferno que também me afastei dele. Hoje eu sei que isso foi terrível pra ele. Imagine você ter 9 filhos e ser rejeitado por todos e ainda ser condenado ao inferno apocalíptico que nunca terá fim e nem como evitar essa profecia? O desespero do meu pai foi tanto que ele queria acabar com tudo e ameaça nos matar. Confessava que só lhe faltava coragem para assassinar todo mundo e depois se matar. Então em seus momentos atormentados, ele invocava Lúcifer para lhe dá coragem. Isso me aterrorizou todos os dias que estive em Jacaraci. Isso me transformou numa pessoa medrosa, ansiosa e depressiva.

 Não foi só os meus pais que me agrediram em minha infância. Meu irmão João tentou várias vezes ter relação sexual comigo. Essa vida começou quando ele e os amigos foram tomar banho de rio e convidaram pra ir com eles, eu disse que não podia ir porque a mãe não gostava que a gente fosse ao rio sozinhos porque era perigoso, porém o dissimulado do João me convenceu a ir, chegando no rio, eles fizeram anal uns nos outros e eu pensei: Que faço agora? Se eu correr, correrão atrás de mim e naquele sábado meus pais estavam na feira livre em Jacaraci. Quando meu irmão chegou pedindo para fazer sexo anal em mim, eu disse que não, que era absurdo, que era pecado e eu não queria. O astuto tentou me convencer e eu pensei: E agora? Deus me ajude eu não quero ir pro inferno. Se eu continuasse negando, ele ia me ter a força. João é mais velho do que eu portanto tinha mais força física. Apesar do meu desespero, mative a aparência de tranquilidade, eu sabia que se deixasse meu irmão João zangado ele se vingaria me machucando muito. Foi então que olhei para os órgãos sexuais dele é vi um carrapato no seu pentelho. Que alívio! Eu avisei-o sobre o carrapato e exclamei: Que nojo! Usei essa desculpa para escapar dessa cena incestuosa. Sabia que ele não tinha desistido e então encontrei uma tranca grande no  terreno do vizinho, preguei-a na porta do meu quarto e comecei dormi trancada e nunca ficava à sois com João.

 Sei que estes fatos que leram aqui foram alarmantes. É a minha história e faz parte do meu passado sombrio.  Sobre as violências físicas que sofri na infância estão as surras que João dava em mim, talvez para se vingar de não conseguir fazer sexo anal comigo. Também sofrir várias seções de espancamentos no caminho da escola. Todos faziam uma roda e gtitavam: BRIGA! BRIGA! BRIGA! Bate nela!Pucha o cabelo dela! Da uma rasteira nela!Da um soco na cara dela!
 Esse era o grande momento de diversão principalmente para os filhos de Chico Borges. Eu lutava bravamente. Usava tudo o que tinha pra me defender contudo não era suficiente. As vezes eu lutava com 6 moleques ao mesmo tempo (os gêmeos Adriano e Guelão, as duas meninas da minha idade e os gêmeos Fábio e Fernando). Ninguém me defendia, nem mesmo os meus irmãos que desistiram da escola. Nem a conversa de minha mãe com Aparecida e Renato (pais dos moleques que obedecia os pedidos da plateia para me surrar), nem a conversa de minha mãe com a professora Pecila Borges, resolveu este problema. A solução foi trocar de escola. Minha mãe pediu transferência para eu estudar em uma casa abandonada com a professora Venância.

 Aprendi mudar meus padrões de pensamentos e reprogramar meu cérebro e estou cada dia mais liberta da maldição da minha família. Estou cada vez mais abençoada e cada passo me aproxima da iluminação. Agora sei que tudo o que passei teve um motivo. Eu precisava viver como vivi, toda violência que suporte  foi uma lição de vida importantíssima. Estou agradecida pelos caminhos que trilhei e as experiências que me trouxeram até onde estou agora. Gratidão pela sabedoria infinita que Sempre me orientou e me guiou.

 Compartilho isto neste dia internacional da criança e do adolescente vítima de violência para que vocês leitores reflitam.  E que as crianças e adolescentes de hoje não passem a provação que eu.
Pois se não fosse o meu verdadeiro EU sobrepujar as dores dos eus perifericos que tinha certeza do inferno sobrenatural, eu teria posto fim na minha vida, pois não aguentava mais tanto sofrimento emocional e uma parte de mim havia desistido de viver.  Na minha adolescência perdida, mantevi_me viva porque me recusei aceitar a morte como resposta. O medo do castigo de Deus e considerar injusto que existia um Deus em um céu de nuvens, pai dele mesmo e filho de uma virgem com poder de trancá-me no inferno se eu tirasse a minha própria vida.
 Fizeram_me acreditar que eu era amaldiçoada, filha do demônio e Deus não tinha me escolhido. Isso Fez com que a sabedoria que eciste em mim levesse-me a esta reflexão: Que não adiantava chorar, berrar, implorar por Deus, pois eu estava órfã de pais vivos, sozinha no mundo.
 Como estou aliviada por sobeviver a esse pesadelo e encontrar o caminho das pedras para minha salvação. Gratidão por está viva e salva dessa maldição! Que a paz esteja convosco!

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Infância em Jacaraci Bahia

Ola!
 Sejam bem vindos a este portal!

 Meu nome é Jussara Carvalho, sou neta de Clemente Fialho e Antônio Carlos, filha mais nova de Joaquim Carlos. Aprendi com meu pai a interpretar contos e o prazer em criar um enredo interessante, pois o velho foi um grande contador de histórias e meu mestre de narração. Minha mãe dizia que meu pai falava com narração como se isso fosse algo ruim.  Toda vez que desaprovava algo que eu fazia me chamava de quinquinha. Ora eu não sou o meu pai, pode dizer a vontade que filha de Quinca Quinquinha é. Ledite também dizia que se eu não obedecesse ela em tudo, ficaria igual o meu pai. Profecia autorealizadora ao qual tentei escapar.

O Quinca ficou conhecido pelos seus incríveis teatros, onde arrastava nós, a família para suas encenações e o que era incrivelmente divertindo para a platéia, para nós personagens involuntários, era muitas vezes um circo de horrores e suspense. Nunca cobrou ingressos para seus espetáculos. Esses fatos estão no livro de crônicas "O homem que virava fantasma" que escrevi alguns anos antes de seu falecimento.

 Eu Nasci em Pedrinhas, uma fazenda de gado com plantação de milho, feijão, arroz, cana de açúcar, mandioca, hortaliças, pomar... A fazenda recebeu este nome porque pessoas das outras fazendas aproximavam com seus carros de bois para apanhar e transportar as pedrinhas para construções de casas de engenho, residência simples e casarões.

Até minha adolescência, o rio que separava as terras dos meus pais, tinha água transparente e nunca havia secado o leito. Lembro-me da grande seca, período ao qual tivemos que abrir cacimbas, outros faziam açudes e poços nestezianos. Então as pessoas que anteriomente opuseram ao sistema de água encanada acreditando que isso secaria o rio, acabaram dizendo ao prefeito que mudaram de opinião e se juntaram ao mutirão para levar água da "Pedra Furada" às torneiras de nossas casas.
     
 Apesar de sofrer bullyng (que eu conhecia como sessão de espancamento antes e depois das aulas), sinto saudades das brincadeiras da minha infância.
 Na aurora da minha vida, eu e meu irmão Daniel brincávamos de pega-pega em cima do pé de manga onde pulava de um galho para outro, meu primo galego (Edvaldo) me chamava de Gaivota, personagem da novela que passava no SBT, por eu ser sonhadora e ter potencialidade de vencedora.
 Brincávamos de bete com um pedaço de ripa e a bola era uma laranja. Era muito engraçado, pois a fruta as vezes seca, se quebrava na primeira tacada e passávamos a tarde inteira jogando com outras dando tacadas sem poder correr pelas bases, já as bolas se desfaziam em migalhas. Naquela época, nós imitávamos o beisebol, Suziene e Mauneia vizinhas e colegas de escola, se juntavam ao nosso jogo, que na nossa versão era composto de quatro membros: dois lançadores-apanhadores e dois rebatedores-corredores.
 Fascinada com as cores e aspectos dos "cabelos" das espigas de milho verde, eu as usava para brincar de boneca com as meninas.
Tinha um clube secreto no meio do mato tão secreto que só existia na minha imaginação.
 Minha irmã Júlia ensinou fazer esculturas de pessoas, carros e diversos objetos com massinha, quero dizer argila e também fazer tranças com plantas aquáticas e tapeçaria com folhas de coqueiros.
Nosso escorregador era de lama e eu andava tanto descalça sobre a areia que nem sentia os espinhos perfurando os pés ou a queimadura de uma brasa. O vizinho Clemente (já adulto) teve que fazer uma operação para retirar um cravo (espinho enraizado) no pé.

 Com o divórcio dos meus pais, fui morar na cidade há 9 Km da fazenda, com minha mãe e dois irmãos. Em seguida meu pai costruiu uma pequena casa em Jacaraci e foi morar. Acredito que ele sentia muita falta da gente.

sábado, 9 de maio de 2015

Dia das mães

Texto de Jussara Carvalho escritora de Paraisópolis

 Como toda mãe aconchega em seus braços o amor de sua vida e confere cada centímetro desde o  dedo do pé a ponta do nariz. Passa a alimentar, limpar, proteger do frio e do calor, ensina a andar e quando aprendemos falar dizemos:
  _ Mãe pare de me tratar como bebê!
 Acreditei que podia fazer tudo sozinho e não precisava da mãe para atravessar a rua.
 _ Mãe eu já sou bem crescidinho!
 Senti vergonha da mãe quando estava na escola.
 _ Mãe pare de me beijar na frente dos outros!
 Mãe manda comprar café e vou jogar bola.
 _ Cadé a compra José?
 Já não ouço suas críticas nem seus concelhos.
 _ Ah mãe vai cuidar da sua vida!
 Deixei a plantação de milho e parti em busca dos meus horizontes, mãe chorou e disse:Vá lutar pelos seus sonhos meu filho!
....Deixei tudo para trás e nem pensei em agradecer minha mãe pelo carinho, proteção e amor incondicional que ela sempre teve por mim. Eu não dava a minha pelo que ela pensava. Senti alívio de não ter que ouvi suas perguntas cheias de preocupações, tinha chegado ao fim sermões. Fui viver a vida cheio de ilusões, porém nem tudo foi como eu sonhava, sem minha mãe eu não era tão amado, mimado e protegido. 
 Muitas portas estavam fechadas para mim e por que batia elas não abriam e viver sozinho já não é tão divertido. Muito tempo passou e lembrei que tinha uma mãe coruja, super protetora e carinhosa. Decidi voltar para casa e aceitar o apoio de minha mãe. Quando bati na porta, meu pai atendeu eu perguntei: Onde está a mãe?
_ Você não sabe? Hoje faz três meses que sua mãe morreu e ninguém sabia onde você estava nem tinha seu telefone para ligar e avisá-lo.
 O tempo de amar, perdoar, agradecer é agora. O tempo não espera você decidi agir.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O Dia Internacional do Esporte

Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e pela Paz é comemorado no dia 6 de Abril. Esta data comemorativa foi estabelecida durante uma Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2013.
Neste dia, o objetivo é comemorar o potencial do esporte para a educação e formação cívica dos cidadãos. Outras característica do esporte é a sua capacidade de quebrar barreiras linguísticas e culturais, incentivando uma convivência pacífica.


Leia o que Douglas Alves Bento diz em seu POEMA DO BASQUETE:

Que esporte espetacular
Que jogo com minha mão
Pra guiar a bola e mirar
Acertar com tanta precisão

A tabela pode estar quebrada
Que não importa nessa hora
E a quadra toda encharcada
Que não me faz ir embora

È preciso criatividade
Sem contar na agilidade
Tem que ter capacidade
Superando a dificuldade

Bom ou ruim podem jogar
Não precisa de aptidão
Podem errar ou acertar
Basta jogar com coração

Não é por profissão
Nem por dieta, regime
É por simples diversão
Esse jogo tão sublime

Quero mais é arriscar
Sem meu medo de errar
Quero mais é acertar
Sem que aja um placar

Seja vitória ou derrota
O que vale é a paixão
Mas sempre tem uma nota
Pra nossa apresentação

Quando passa algum tempo
Vejo-me casado demais
Este é meu passatempo
Que faz os dias legais

sábado, 21 de março de 2015

Dia internacional da floresta

Batalha na floresta


 Batalha lá floresta com o massacre da serra elétrica.
Ouvi um barulho alto, foram árvores caindo.
Toda a passarada vendo árvores derrubadas ficou assustada e sem saber pra onde ir.
Toda a bicharada expulsas de suas casas estão apavoradas e sem saber como agir.
Os filhotes aterrorizados ouvem a palavra extinção, pois os seus pais foram assassinados pela bala de um canhão.
Depois veio a queimada, construíram um belo shopping. É o progresso que chegou aqui. O ser humano não é mal, só é mais inteligente e um ser superior. Destruindo fauna e flora, construindo arranha-céus veja o que transformou: Em efeito estufa com câncer de pele, escassez de água e contaminação.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Amor próprio

Quem mandou dizer que não me ama para me humilhar e magoar meu coração?
Tão triste eu fiquei que fui embora e você perdeu completamente a razão
Agora vem dizer que se arrependeu e devo dá-te uma nova chance
Não percebe que o tempo transforma tudo em quem está disposto a mudar?
Até o sentimento de outrora vai embora
Quando um amor maior ocupa o seu lugar
Agora vai viver sua vida
Deixe-me viver a minha em paz!

Essa poesia do livro Quando o coração Fala. Quando a outra pessoa não merece sua atenção, tão pouco o seu amor chega o momento de seguir em frente e dar a volta por cima.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Felicidade

Felicidade manifesta com vontade de cantar
Felicidade faz a gente sorrir
Felicidade manifesta com vontade de dançar
De escrever, de pular, de colorir.

Felicidade está na inocência de uma criança
Felicidade surge com elogio
Felicidade ao ter esperança
De um belo verão depois do frio

Com felicidade a vida é uma festa
Mas a festa acaba e outro sentimento comanda
A lembrança dos momentos felizes é o que resta
Não pare para lamentar, pois a fila anda.

Quando se menos imagina
A felicidade está de volta
Quando na dor não predomina

Sentimento de revolta

quarta-feira, 18 de março de 2015

Fazendo histórias

Ao escrever qualquer coisa que vier a cabeça
Surge a inspiração para escrever
Uma história maravilhosa
Seja ação, suspense, romance, aventura, terror ou comédia
Os personagens ganham vida
Para entretenimento do leitor
Conduzido pela curiosidade
De conhecer o desfecho da história. 
O autor poderá escrever o final que deseja,
Mas a expectativa é terminar a ficção com chave de ouro,

Então a mão escreve o melhor final que o autor imaginou.

terça-feira, 17 de março de 2015

As mentiras de Alice

Alice quer se apaixonar, porém o romance não acontece. Surge um namorado que é apenas invenção de sua cabeça. Assim terá que colocar a cabeça pra raciocinar para não ser pega na mentira. Descobre que um namorado imaginário não ia satisfazer suas necessidades, mas conseguiu o que queria: convencer todos de que não era boca virgem.

Alice não suporta ser humilhada
Então resolve dizer que está apaixonada
Onde seu amor pelo namorado
Mantém a esperança de te-lo ao seu lado.

Essa semiverdade
Foi para entrar no clube dos jovens da cidade,
Porém seu destino estava traçado
E logo conseguiu namorado,
Tornando uma senhora casada
E se sentindo realizada...

 corcoes - Recados e Imagens (1216)
Alice e seus maridos
Amor e sedução
Isso é emocionante
Para mim que sou do sertão.

É inacreditável,
Incrível e surpreendente
Pois essa história adorável
De intrigas, amor e fel
O capricho foi do destino
E vou lhe contar
Mesmo parecendo impossível
Tudo esteve a realizar.

Tive o riso do primo Zé
Que não queria ser Sidney,
Mas ao encontrar André
Tudo foi como um dia sonhei.

Alice Carlos de Mello
E seu príncipe tão belo
Vindo do país das maravilhas
Sobrevoando mares e ilhas.

Sem esquecer dos gêmeos
Que vivi romance legal
Com sustos e carícias
De um safado e outro leal.
Ao saber da existência
De dois homens em meu lar
Foi uma surpresa e tanto
Que mal consigo falar.
Começando com Carlos Maciel
Que foi o primeiro marido.
Que descansava no céu
Supondo que havia morrido.
Só para completar três
E recomeçar a discussão,
Apareceu outra vez
Em uma grande apresentação.

Ainda casei com um outro
Por não saber dizer não.
Mesmo sabendo quem era o dono
Do meu precioso coração.
E eu que cheguei a pensar
Que nunca fosse casar
Ficando triste solteira
Cansada ao subir a ladeira.

Com tantos homens que amei
Ainda vivi um trauma
Que atravessa minha alma
Como nunca imaginei.
Fui cruelmente enganada
Como em um motim,
Nunca sentir tão humilhada
Por quem diziam não viver sem mim...
Continua no livro plano para ter um namorado.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Apaixonada


Tudo começou no momento
Em que fui a um casamento
E falei sozinha sem perceber
Que os garotos estavam me olhando.
Sem saber o que fazer
Fingir que estava cantando
E ao compor a canção
Dei de cara com um dos gatos
 Levei um susto, quase fui ao chão.
Tentei desviar o olhar.
Não sabia o que era paixão. 
Cheguei em casa, fiquei pensando
E não conseguir dormir.
Sentia sua presença,
Porém ao encontrá-lo quis fugir
E saindo sem pedir licença
Abaixei a cabeça,
Comecei ficar tremendo
E antes de desmaiar
Eu sair correndo.
Imagine se eu tivesse tropeçado?
Seria vergonha e emoção.
Será que ele teria me levantado?
Só em pensar eu sinto calafrio
E meu coração bate acelerado.
Como se uma brisa me tocasse
Trazendo sua imagem
Para que eu o amasse.

Eu não queria ouvir meu coração,
Achei isso coisa de desocupado.
Prestei mais atenção
E percebi que ele tinha me conquistando.
... Poesia narrativa do livro Memórias de uma garota apaixonada