Quando eu era
criança não tinha televisão, tampouco internet
para ficar jogando online, contudo minha infância foi uma
novela. Senhor Joaquim Carlos, um grande contador de histórias
provocava grandes gargalhadas nas crianças que
ficavam impressionadas com o repertório singular.
Lembrando
dos contos antigos que meu pai contava, dentre as "Aventuras
de Pedro Malasartes", " A festa no céu",
"Antoninho matou o padre" e várias
outras, selecionei uma das " A
onça e o coelho"
A
Onça e o Coelho
em
Dia
da festa
Todos
os animais sabiam das desavenças entre o coelho e a onça
e ficaram penalizados, pois ao entardecer haveria uma grande grande
festa na floresta e o coelho não poderia comparecer. Apesar de
saber que a onça estava querendo devorá-lo, o coelho
queria muito compartilhar da alegria desta festa tão aclamada
e pulou de um salto apostando na sua inteligencia:
_
Mas é claro que eu vou nessa festa e ainda vou montado na
Onça!
Todos
os animaizinhos se assustaram, o pobre coelho perdeu o juízo.
_
Está maluco compadre Coelho! A Onça vai de devorar num
piscar de olhos.
_
Querem apostar como eu vou à festa montado no lombo da Onça?
Todos
tentaram tirar essa ideia da cabeça do coelho, mas
acabaram apostando na morte dele. Lá se foi o coelho pela
floresta à procura da onça e ao vê-la foi logo
dizendo.
_
Bom dia comadre Onça! Está sabendo da grande festa que
vai ter na floresta?
Era
óbvio que a onça sabia, ela era a única que não
era convidada para festejar senão acabaria a festa.
_
Pois é comadre Onça, eu a convido para ir comigo, pois
sou um convidado vip, passo aqui ao pôr do sol para irmos
juntos.
A
onça arreganhou os dentes de feliz que ficou, iria a
festa e ainda realizaria o seu sonho de transformar o coelho em um
delicioso petisco. De tão sonhadora, nem saiu do lugar
esperando o retorno do Coelho.
As
horas passaram e nada do sol se pôr, a onça já
estava impaciente com o entardecer quando apareceu o coelho
cabisbaixo com a mão na cabeça dizendo:
_
O comadre Onça! Sinto em te dizer que não poderei
honrar meu compromisso. sabe o que comadre Onça é que
eu estou com muita dor de cabeça, meu corpo todo doe eu mal
consigo ficar em pé, é uma pena mesmo, mas não
poderei ir ... a não ser que a comadre me leve nas costas.
A
onça pensou era sua chance de devorar aquele coelho exibido e
ela não iria deixar essa chance escapar.
_
Tudo bem compadre Coelho eu te carrego nas costas.
_
Então eu vou em casa me arrumar. Até logo comadre Onça!
O
coelho voltou com uma sela, esporas e chicote, a onça espantou
nunca tinha visto este tipo de equipamento e perguntou curiosa:
_
O que é isso compadre Coelho?
_
É uma sela comadre Onça. Sabe pra que é comadre
Onça? É que eu ando tão fraquinho e se eu
desmaiar não caio no chão.
_
E aquilo compadre Coelho?
_
Ah! Essas coisas são enfeites para me distrair a dor de
cabeça, é pra fazer bonitinho na viagem com um
barulhinho assim: ting ling! Ting ling! Ting ling!
A
onça era tão burra que permitiu o coelho colocá-lhe
sela e cabresto sem desconfiar de nada. O coelho apertou bem o cinto,
colocou a parafernaha na boca da onça, subiu na onça
aplicando-lhe o chicote e esporas. A onça ficou furiosa e
tentava morder o coelho, mas ele a dominava pela rédea, ela
tentava deitá-se para derrubá-lo, porém o coelho
continuava dominado o animal selvagem.
Ao
chegar à festa a bicharada não acreditavam no que viam.
Não é que o coelho foi a festa montado no lombo da
onça!
_
Coelho, Coelho você cai Coelho! Coelho, Coelho cuidado Coelho!
Coelho, Coelho a Onça vai te pegar Coelho!
Apesar
dos gritos da bicharada o coelho estava tranquilo, desceu, amarrou a
onça no pau e dançou a noite inteira.
Na
hora de ir embora, dessamarrou a onça do pau e montou
novamente na sela e foi saindo feliz da vida enquando a onça
morrendo de sede, fome, cansaço, sono espumava de raiva e
tentava mordê-lo, porém o coelho puxava a rédea e
dominava a onça.
Na
despedida todos os animais recomendavam quidado.
_
Coelho, Coelho você cai Coelho! Coelho, Coelho cuidado Coelho!
Coelho, Coelho a Onça vai te pegar Coelho!
O
dia já havia amanhecido e o coelho precisa se livrar da onça,
saltou da onça direto em um buraco de onde saiu um sapo ao
qual a onça pediu para ficar de guarda e não deixar o
coelho sair.
A
onça deu as ordens ao sapo para vigiar o buraco e o coelho e
foi em casa tirar o equipamento que o coelho colocou nela e trazer
uma escavadeira para tirar o coelho do buraco em que se enfiou.
Enquanto
isso dentro do buraco o coelho não conseguia pensar em nada e
começou a roer os próprios pelos de nervoso.
O
sapo curioso quis saber que barulho era aquele:
_
O que você está comendo aí Quei?
_
Amendoin.
_
Me dá um poquim.
_
Então abre a boa e arregala bem os olhos.
_
Assim?
O
sapo usou as mãos para abrir completamente os olhos e a
medonha boca, então o coelho apanhou um punhado de terra e
atirou na cara do sapo que ficou cego e com a boca cheia de terra. O
coelho aproveitou a ocasião para fugir.
Quando
a onça retorna com objetos de escavação, quis
saber se o coelho ainda estava dentro do buraco. Porém o sapo
só conseguiu respoder:
_
Peladin tá aqui, Cabeludin foi embora.
_
Como é sapo?
_
Peladin tá aqui, Cabeludin foi embora.
A
onça perdeu a calma pelo sapo ter deixado o coelho fugir e
avisou que iria jogar o incompetente no fogo.
_
O Sá Onça não me joga no fogo não que eu
pulo, me me joga no lago que afogo e morro!
Ouvindo
isso, a onça atirou o sapo na lagoa. Por ter sido salvo pelo
fogo o sapo começou cantar:
_
Mas Sá Onça é besta! Falei pra ela não me
jogar no fogo não que que eu pulo, pra me jogar no lago que
afogo e morro. Mas Sá Onça é besta! Eu sou
d'água mesmo.
A
onça ficou tomada de raiva e enfiou a mão na lagou e
agarrou a perna do sapo.
_
Mas Sá Onça é besta! Está segurando um
pedaço de pau pensando que minha perna.
A
onça soltou a perna do sapo e segurou numa raíz de pau.
_
Mas Sá Onça é besta! Estava segurando minha
perna, soltou e pegou num pedaço de pau.
e ai sara boa historia nao,ta ai uma coisa que quica sabia fazer bem nao acha,eu nem lembrava mais,sao tantas
ResponderExcluirConcordo. Essa foi a parte boa no tempo de tanto suspense.
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