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sábado, 9 de maio de 2015

Dia das mães

Texto de Jussara Carvalho escritora de Paraisópolis

 Como toda mãe aconchega em seus braços o amor de sua vida e confere cada centímetro desde o  dedo do pé a ponta do nariz. Passa a alimentar, limpar, proteger do frio e do calor, ensina a andar e quando aprendemos falar dizemos:
  _ Mãe pare de me tratar como bebê!
 Acreditei que podia fazer tudo sozinho e não precisava da mãe para atravessar a rua.
 _ Mãe eu já sou bem crescidinho!
 Senti vergonha da mãe quando estava na escola.
 _ Mãe pare de me beijar na frente dos outros!
 Mãe manda comprar café e vou jogar bola.
 _ Cadé a compra José?
 Já não ouço suas críticas nem seus concelhos.
 _ Ah mãe vai cuidar da sua vida!
 Deixei a plantação de milho e parti em busca dos meus horizontes, mãe chorou e disse:Vá lutar pelos seus sonhos meu filho!
....Deixei tudo para trás e nem pensei em agradecer minha mãe pelo carinho, proteção e amor incondicional que ela sempre teve por mim. Eu não dava a minha pelo que ela pensava. Senti alívio de não ter que ouvi suas perguntas cheias de preocupações, tinha chegado ao fim sermões. Fui viver a vida cheio de ilusões, porém nem tudo foi como eu sonhava, sem minha mãe eu não era tão amado, mimado e protegido. 
 Muitas portas estavam fechadas para mim e por que batia elas não abriam e viver sozinho já não é tão divertido. Muito tempo passou e lembrei que tinha uma mãe coruja, super protetora e carinhosa. Decidi voltar para casa e aceitar o apoio de minha mãe. Quando bati na porta, meu pai atendeu eu perguntei: Onde está a mãe?
_ Você não sabe? Hoje faz três meses que sua mãe morreu e ninguém sabia onde você estava nem tinha seu telefone para ligar e avisá-lo.
 O tempo de amar, perdoar, agradecer é agora. O tempo não espera você decidi agir.

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